Existe um país chamado RH.
Nele "mora" um povo especial: legisladores,
educadores, técnicos, gente que cuida do pessoal.
Gente que recruta, seleciona e contrata,
também paga, desconta e aposenta.
Povo que cuida da saúde, do alimento, providencia o
transporte, cuida de quem bebe, de quem fuma, de quem
tem problemas e pendências.
Povo que treina, desenvolve e recicla, que briga pelo
salário e pelo benefício, conversa com o sindicato e
com a direção.
Fiel da balança entre o Capital e o Trabalho.
Cuida de um, pensando no outro.
Gente que apesar de tanta função prática e
burocrática, sonha e procura conectar a alma das
pessoas, "reinventar" a motivação, resgatar o brilho
no olhar, gente que acredita no ser humano e garimpam
talentos.
Seu grande desafio é fazer o concreto e sonhar com o
abstrato, receber na chegada e desligar na saída,
satisfazer o empregado e o patrão, "um olho na missa e
o outro no padre", tempo para educar e tempo para
punir. Plural e Singular.
A sina do RH é atuar na contradição, "ser empregado
esquecendo que o é, ser patrão lembrando que não o é".
Chamam este País e seu povo de Recursos Humanos,
alguns dizem que chamar o homem de "recurso" não pega
bem, inventaram Departamento de Gente, Setor de
Pessoas, Gestão de Pessoas, nomenclaturas onde o que
conta são as posturas.
Polêmicas e contradições à parte, eu sei que para ser
RH é preciso vocação, trabalhar como missão, exercer o
ofício com sensibilidade e razão.
Ter nervos de aço, ser a régua e o compasso.
(autor desconhecido)
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